Uma nova proposta do Ministério do Trabalho e Emprego pode mudar a forma como os trabalhadores utilizam o FGTS. O governo pretende extinguir o saque-aniversário e substituí-lo por um crédito consignado com juros mais baixos, gerando reações diversas entre os cidadãos.
O recepcionista Daniel Lucas vê a medida com bons olhos, acreditando que a transformação do saque-aniversário em empréstimo consignado trará mais vantagens financeiras. Em contrapartida, o professor Lucas Evangelista expressa preocupação com os impactos negativos que a extinção do saque-aniversário pode acarretar, especialmente para quem conta com esse recurso anualmente.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou que a proposta será enviada ao Congresso Nacional. Ele destaca que o novo modelo permitirá o uso do FGTS como garantia para a obtenção de crédito, o que deve beneficiar muitos trabalhadores. A modalidade de saque-aniversário, criada em 2020, permite que os trabalhadores retirem parte do saldo de suas contas ativas e inativas no mês do aniversário.
Em 2023, o patrimônio do FGTS alcançou impressionantes R$ 704 bilhões. A Caixa Econômica Federal, administradora do fundo, liberou R$ 142 bilhões em saques, sendo 26% desse total referente ao saque-aniversário. Dos R$ 38 bilhões sacados, apenas R$ 15 bilhões foram efetivamente pagos aos trabalhadores, enquanto R$ 23 bilhões foram utilizados como garantia para empréstimos.
Para Marinho, a missão é reestabelecer o FGTS como uma proteção para o trabalhador, priorizando investimentos em habitação e infraestrutura, o que pode trazer benefícios diretos à população.