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Por que o Itaú vendeu a XP?

A Itaúsa anunciou a venda total de suas ações da XP Inc., encerrando um processo iniciado em 2021. A operação, realizada nos meses de novembro e dezembro, levantou aproximadamente R$ 1,7 bilhão. Essa decisão marca o fim de uma parceria que enfrentou desafios significativos.

O veto do Banco Central (BC) impediu o Itaú de assumir o controle da XP até 2026, um obstáculo que afetou a relação entre as instituições. Além disso, as diferenças culturais entre o Itaú Unibanco e a plataforma de investimentos dificultaram a colaboração.

A Itaúsa vendeu 14.770.985 ações Classe A da XP, reduzindo sua participação anterior de cerca de 2,7% do capital social e 1% do capital votante. Com essa venda, a empresa totalizou R$ 9,5 bilhões em alienações de ações da XP desde 2021.

Os resultados financeiros para o quarto trimestre não devem ser impactados, uma vez que o investimento na XP estava contabilizado como ativo financeiro mensurado a valor justo. O processo de redução da participação começou após a cisão aprovada pelo Itaú em 2021, que visava liberar valor para os acionistas.

Em julho, a Itaúsa e a XP também rescindiram um acordo de acionistas, que terminaria em outubro de 2026. Os representantes da Itaúsa no conselho de administração da XP renunciaram aos seus cargos, marcando uma nova fase para ambas as companhias.

As ações preferenciais da Itaúsa fecharam com alta de 2,98%, enquanto as ações da XP na Nasdaq apresentaram valorização de 5,3% recentemente. Essa venda representa um importante movimento estratégico para a Itaúsa, que busca novas oportunidades de investimento.

Pedro Reis

Jornalista apaixonado pela comunicação audiovisual. Atua como redator e editor de vídeos.

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